sexta-feira, 14 de agosto de 2015

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Sergio Gadelha de volta pra Cadeia

Arte: Solange Vieira

Por Sandra Domingues

Na tarde desta terça-feira (13) a 6ª Câmara Criminal do Palácio da Justiça decidiu por unanimidade que Sergio Brasil Gadelha, acusado pela morte de Hiromi Sato, voltasse a cumprir prisão na cadeia. 


Familiares, amigos da secretária executiva Hiromi Sato e integrantes do Grupo Justiça é o que se Busca acompanharam o julgamento do recurso interposto pela defensoria Pública e com satisfação receberam a decisão dos desembargadores, que não hesitaram em manter a sentença anterior e determinaram que o acusado fosse imediatamente levado de volta para a prisão, lugar de onde não deveria ter saído. Com o resultado do recurso o delegado presente se dirigiu de imediato à residência do assassino, para cumprir o mandado de prisão.

Sergio Gadelha, por ser advogado, estava preso em uma sala de estado-maior, no Regimento de Cavalaria 9 de Julho da Polícia Militar, mas ficou pouco mais de um ano preso. A Defensoria Pública entrou com um recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília alegando que não tinha sido intimada para o julgamento. O que resultou na anulação da prisão e com isso o acusado voltou a cumprir prisão domiciliar.

Porém, graças ao brilhante trabalho da Promotora de Justiça,  Dra Solange Azevedo Beretta da Silveira e do assistente de acusação Dr. Marco Aurélio Gonçalves Cruz, vimos a justiça na tarde de hoje ser feita.

Do crime:

Hiromi Sato, de 57 anos, foi morta no dia 20 de abril de 2013, conforme denuncia do Ministério Público, pelo marido, o advogado Sergio Brasil Gadelha, na ocasião com 74 anos, em Higienópolis, bairro nobre da capital paulista.

Sérgio Gadelha foi apresentado ao Tribunal do Júri no dia 9 de agosto de 2013. A primeira audiência de instrução criminal ocorreu três meses após o crime bárbaro. Gadelha teve prisão preventiva decretada pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri por homicídio triplamente qualificado, mas obteve o direito de ficar em prisão domiciliar. Apanhado em flagrante, passou apenas dois dias atrás das grades. Depois, foi para uma clínica de recuperação de viciados. E voltou a viver no apartamento de Higienópolis, São Paulo, onde o crime ocorreu.

Várias manifestações feitas por familiares, amigos de Hiromi e integrantes do Grupo Justiça é o que se Busca foram realizadas em frente ao prédio de Gadelha, pedindo a prisão do acusado. 

Em 30/01/2014 os desembargadores do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decidiram revogar a prisão domiciliar e Sérgio Gadelha foi conduzido para o Regimento de Cavalaria 9 de Julho da Polícia Militar, onde permaneceu até abril desse ano, quando conseguiu novamente voltar a cumprir prisão domiciliar.



Com a revogação da prisão domiciliar ocorrida na tarde de hoje (13/08/2015) esperamos que Sergio Gadelha aguarde o julgamento preso, que o júri popular seja marcado, ele julgado e condenado.

Sérgio Brasil Gadelha foi indiciado por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, meio cruel e incapacidade de defesa da vítima. Se condenado poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão. 
      

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